sexta-feira, 14 de abril de 2017

José de Arimatéia e Nicodemos


Há pessoas neste mundo confiáveis e úteis enquanto as circunstâncias forem boas, mas, diante dos problemas, parecem tropeçar. Há outras de cujos problemas e perigo parecem brotar o que têm de melhor. Tais pessoas, nessas circunstâncias, mostram-se à altura da situação, demonstrando a coragem que não se tinha visto nelas até então. José de Arimatéia e Nicodemos se enquadram neste último grupo.
O problema era simples: quem enterraria Jesus? Não, não apenas quem o enterraria, mas quem lhe faria o sepultamento respeitável e compassivo de que merecia? Quem cuidaria para que o corpo de Jesus não fosse colocado num sepulcro comum, mas que Jesus estivesse "com o rico . . . na sua morte", como foi profetizado por Isaías (53:9)? Quem colocaria o seu corpo em "um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto"? (João 19:41).
A resposta haveria de vir de uma fonte surpreendente. Não seriam os apóstolos, pois a maioria deles estava se escondendo de medo dos judeus (João 20:19). Não seriam as mulheres que o seguiram fielmente, pois não tinham recursos para isso. Seria José de Arimatéia.
José S homem rico e membro proeminente do mesmo conselho que tinha condenado Jesus. José tinha muitas qualidades admiráveis. Ele era um homem justo e bom que esperava o reino de Deus. Ele se destacou entre os seus companheiros para crer em Jesus. Ele não permitiu que nomes como "blasfemo", "samaritano", "enganador" e "poder de Belzebu" o dispusessem contra Jesus. Quando o conselho havia condenado a Jesus, entregando-o a Pilatos para a sentença de morte, José "não tinha concordado com o desígnio e ação" (Lucas 23:51). Havia algo em José, entretanto, que não era bom. Até a época da morte de Jesus, ele tinha sido um discípulo de Jesus, "ocultamente pelo receio que tinha dos judeus" (João 19:38). Ninguém jamais deve se envergonhar de Jesus, independente das circunstâncias. Mas a morte de Jesus e a necessidade de ter um enterro decente trouxeram à tona o melhor de José. "Dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus", diz Marcos (15:43). McGarvey fala acerca do ato de coragem de José: "É estranho que aqueles que não tinham medo de ser discípulos tiveram medo de pedir o corpo do Senhor, mas aquele que teve medo de ser discípulo não temeu fazê-lo" (The Fourfold Gospel, p. 735). É bem possível que José, como Ester, tinha sido elevado ao cargo "para conjuntura como esta" (Ester 4:14).
Nicodemos S chefe dos judeus, fariseu, também membro do conselho. João, em seu relato, teve o cuidado de identificar o Nicodemos que ajudou no enterro de Jesus com o mesmo Nicodemos que antes veio a Jesus "de noite". Nicodemos, como José, tinha muitas qualidades excelentes. Ele tinha estado disposto a ouvir pessoalmente sem depender do que os outros diziam a seu respeito. Ele tinha reconhecido a legitimidade do ensino e do poder de Jesus: "Sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus" (João 3:2). Certa vez ele tinha questionado o conselho sobre a indisposição de ouvir Jesus com justiça (João 7:45-52). Nicodemos, porém, como José, não havia confessado abertamente a fé em Cristo. Na morte de Cristo, entretanto, corajosamente uniu-se a José no enterro, Nicodemos fornecendo o ungüento, e José, o túmulo.
Este artigo não pretende depor contra os apóstolos. A coragem, a fé, a lealdade e a dedicação deles tinham superado vários testes. Mas José de Arimatéia e Nicodemos foram aqueles que deram um passo a frente no momento em que os apóstolos falharam. Eles nos são uma inspiração. Os atos deles falam de coragem nas mais difíceis circunstâncias, de ficar de pé e ser útil no momento em que todos estão fraquejando, de mostrar admiração por outra pessoa bem no momento em que ela mais precisa de nós.
Será que José e Nicodemos alguma vez chegaram a professar a fé em Cristo abertamente e se submeter completamente à sua vontade? Não sabemos, mas gostaríamos de pensar que sim. Em caso negativo, a coragem deles nessa única ocasião não será suficiente para a salvação eterna, mas podemos ser gratos por esses dois homens que prestaram um maravilhoso serviço ao nosso Senhor, quando mais ninguém estava disposto a fazê-lo.

-por Bill Hall

Disponível em: http://www.estudosdabiblia.net/a10_12.htm

sexta-feira, 7 de abril de 2017

3 tipos de humildade segundo Santo Inácio de Loyola

A humildade, segundo o criador dos Exercícios Espirituais, é um processo crescente

O primeiro tipo de humildade é necessário à salvação eterna.
E consiste em me rebaixar e me humilhar tanto quanto me for possível, para obedecer em tudo à Lei de Deus, Nosso Senhor, de tal modo que, mesmo que me tornassem senhor de todas as coisas criadas neste mundo ou mesmo que estivesse em risco a minha própria vida temporal, nunca pensaria em transgredir um mandamento, fosse ele divino ou humano.
O segundo tipo de humildade é uma humildade mais perfeita que a primeira.
E consiste nisto: encontro-me num ponto em que não desejo nem sou propenso a possuir a riqueza mais do que a pobreza, a querer a honra mais do que a desonra, a desejar uma vida longa mais do que uma vida curta, quando as alternativas não afetam o serviço de Deus, Nosso Senhor, nem a salvação da minha alma.
O terceiro tipo de humildade é a humildade mais perfeita:
É quando, incluindo a primeira e a segunda, sendo iguais o louvor e a glória da Sua divina majestade, para imitar a Cristo, Nosso Senhor, e me assemelhar a Ele mais eficazmente, desejo e escolho a pobreza com Cristo pobre em vez da riqueza, o opróbrio com Cristo coberto de opróbrios em lugar de honrarias; e desejo mais ser tido por insensato e louco por Cristo, que, antes de todos, foi tido como tal, do que “sábio e prudente” neste mundo (Mt 11, 25).

16 razões incríveis para rezar o terço



Os santos da Igreja são nossos grandes mestres na arte de amar a Deus. Reunimos aqui os motivos que São Luís Maria Grignion de Montfort e o Beato Alano de la Roche nos dão para rezar o terço, com base nos benefícios desta oração.
Segundo São Luís Maria Grignion de Montfort, o terço:
1) Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;
2) Purifica as nossas almas do pecado;
3) Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;
4) Torna-nos fácil a prática das virtudes;
5) Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
6) Enriquece-nos de graças e de méritos;
7) Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dividas com Deus e com os homens;
8) Por fim, faz-nos obter de Deus toda espécie de graças.
E o Beato Alano de la Roche acrescenta que o Rosário é um manancial e depósito de toda espécie de bens:
9. Os pecadores obtêm o perdão;
10. As almas sedentas saciam-se;
11. Os que choram encontram a alegria;
12. Os que são tentados, a tranquilidade;
13. Os pobres, socorridos;
14. Os religiosos, afervorados;
15. Os ignorantes, instruídos;
16. Os vivos vencem a vaidade, e as almas do purgatório encontram alívio.
E você, está esperando o que para começar a rezar o terço? Aproveite esta maravilhosa fonte de graças!

(Adaptado de Virgem Imaculada)