terça-feira, 30 de setembro de 2014

Como devemos ler a Bíblia? - Prof Felipe Aquino



Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens; logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.

Não se pode interpretar a Sagrada Escritura só em nome da “mística”, pois muitas vezes podemos ser levados por ideias religiosas pré-concebidas, ou mesmo podemos cair no subjetivismo. Por outro lado, não se pode querer usar apenas os critérios científicos (linguística, arqueologia, história, …); é necessário, após o exame científico do texto, buscar o sentido teológico.

A Bíblia não é um livro caído do céu, ela não foi ditada mecanicamente por Deus e escrita pelo autor bíblico (=hagiógrafo), mas é um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do séc. XIV aC. ao século I dC. É por causa disto que é necessário usar uma tradução feita a partir de originais e com seguros critérios científicos.

Os escritos bíblicos foram inspirados a certos homens; isto é, o Espírito Santo iluminou a mente do hagiógrafo a fim de que ele, com sua cultura religiosa e profana, pudesse transmitir uma mensagem fiel à vontade de Deus. A Bíblia é portanto um livro humano-divino, todo de Deus e todo do homem, transmite o pensamento de Deus, mas de forma humana. É como o Verbo encarnado, Deus e homem verdadeiro.  É importante dizer que a inspiração bíblica é estritamente religiosa; isto é, não devemos querer buscar verdades científicas na Bíblia, mas verdades religiosas, que ultrapassam a razão humana: o plano da salvação do mundo, a sua criação, o sentido do homem, do trabalho, da vida, da morte, etc.

Não há oposição entre a Bíblia e as ciências naturais; ao contrário, os exegetas (estudiosos da Bíblia) usam das línguas antigas, da história, da arqueologia e outras ciências para poderem compreender melhor o que os autores sagrados quiseram nos transmitir.

Mas é preciso ficar claro que a revelação de Deus através da Bíblia não tem uma garantia científica de tudo o que nela está escrito. É inútil pedir à Bíblia uma explicação dos seis dias da criação, ou da maneira como podiam falar os animais, como no caso da jumenta de Balaão. Esses fatos não são  revelações, mas tradições que o autor sagrado usou para se expressar.

A própria história contida na Bíblia não deve ser tomada como científica. O que importa é a “verdade religiosa” que Deus quis revelar, e que às vezes é apresentada embutida em uma parábola, ou outra figura de linguagem.

O mais importante é entender que a verdadeira leitura bíblica deve sempre ter em vista a finalidade principal de toda a Sagrada Escritura que é a de anunciar Jesus Cristo e dar  testemunho de sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento, se tratava apenas de um Salvador desconhecido, que viria. Mas para nós, se trata do Salvador que “habitou no meio de nós”, e que ressuscitado está no meio de nós até o fim dos tempos, quando voltará visível e glorioso para encerrar a história.

Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca fica velha, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos.

Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.

O Catecismo nos ensina que “Deus, na condescendência de sua bondade, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas” (§101).

“Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro” (§102).

“Com efeito, as palavras de Deus, expressas por linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (Dei Verbum,13).

Santo Agostinho ensinava que:

“É uma mesma Palavra de Deus que se ouve em todas as Escrituras, é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados, ele que, sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo”(Salmos 103,4,1).

Somente as palavras originais com as quais a Bíblia foi escrita (hebraico, aramaico e grego) foram inspiradas; as traduções não gozam do mesmo carisma da inspiração; é por isso que a Igreja sempre teve muito cuidado com as traduções, pois podem conter algum sentido que não foi da vontade do autor e de Deus. As traduções devem ser fiéis aos originais; e isto não é fácil.

Prof. Felipe Aquino

(Cléofas)

sources: Cleofas

O Rosário e os frutos do Espírito Santo




( palestra proferida no retiro do Terebinto - Brasília 2014)

 Iniciemos essa reflexão pela leitura do Evangelho de Jo 15,12-17.

12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. 13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. 15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. 16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. 17 O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.

Deus é amor... O Espírito santo é o puro amor de Deus. Ele está em nós pelo batismo.

 

                Toda a história da nossa salvação é direcionada pelo Espírito Santo. Desde a criação do mundo até a vinda de Jesus ( sua concepção, seu nascimento, sua vida, morte e ressurreição).
                Ele direcionou Abraão, Moisés, reis, Profetas e todos aqueles que deixaram ser tocados pelo Amor de Deus.
                Maria foi aquela que teve uma intimidade mais profunda com o Espírito Santo.
                Quando rezamos o Rosário relembramos todo o amor de Deus pela humanidade e deixamos que esse amor se manifeste em nós e nos transforme. 
                Precisamos ter consciência dessa transformação que o Espírito Santo tem realizado em nós pelo Rosário. Ele é dom gratuito de Deus. O Espírito Santo nos capacita na missão do Terebinto e faz com que produzamos muitos frutos.

O que e quais são os FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Catecismo da Igreja Católica Nº1832- pág.493

1832. Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós, como primícias da glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze: «caridade, alegria, paz, paciência, bondade, longanimidade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade» (Gl 5, 22-23 segundo a Vulgata).

AMOR- É o amor divino para com a humanidade perdida. É imutável, sacrifical, espontâneo. Nos leva a amar até os próprios inimigos.

ALEGRIA- É o amor exultante. É a alegria constante na vida do crente, decorrente do seu bem estar com Deus. Este amor se manifesta inclusive nas tribulações.

PAZ- A paz é o amor em repouso. É uma tranquilidade íntima e perfeita independente das circunstâncias,
Podemos desfrutar da paz em três sentidos: paz com Deus, paz com o próximo e paz interior.

LONGAMINIDADE / PACIÊNCIA- É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte do outro.
É a paciência contínua.

BENIGNIDADE- É a forma de amor compassivo e misericordioso. É a virtude que nos condiciona a sermos gentis para com os outros expressando ternura, compaixão e brandura.

BONDADE- É a prática do bem. É o amor em ação. É ser uma benção para o outro e alcançar o favor de Deus para  ele.

- Não é apenas crer e confiar. É também ser FIEL e HONESTO, pois Deus é fiel. É o amor em sua fidelidade a Deus.

MANSIDÃO- Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadoras e desagradáveis .

TEMPERANÇA (DOMÍNIO PRÓPRIO)- Deus respeita nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade.
Funciona como um freio para dominarmos as paixões da carne. É o domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo.

A Bíblia fala de diferentes níveis de frutificação:

Produzir frutos: Jo 15,2a
Produzir mais frutos: Jo 15,2b
Produzir muito fruto: Jo 15,5-8
Produzir fruto permanente: Jo 15,16

Todos nós que temos aliança com Deus fomos designados a dar frutos no Espírito Santo. O caminho para a frutificação é ser sensível a voz do Espírito Santo como Maria o foi. Como disse Jesus ”- Sem Ele nada podeis fazer,,,”

Questionamentos ( Reflexão):

-ESTOU DEIXANDO O ESPÍRITO SANTO PRODUZIR ESTES  FRUTOS EM MIM?

-AS PESSOAS PERCEBEM ESTES FRUTOS EM MINHA VIDA?

Vamos retomar a palavra em   I Coríntios, Cap.13:

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. 2 Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. 3 Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! 4 A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. 5 Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. 6 Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. 7 Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. 9 A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita. 10 Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá. 11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança. 12 Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido. 13 Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.


O Rosário é um exercício de fé onde experimentamos o melhor de Deus pelas mãos de Nossa Mãe Santíssima. Que ela interceda sempre por nós e nos ajude a caminhar e a produzir frutos permanentes pelo Espírito Santo.

 Assim seja!

Chuva de Graças: Sinal de Nossa Senhora é testemunhado em Campo Grande - MS



Como forma de nos incentivar no caminho da oração, Nossa Senhora como Mãe e Mestra, nos fala de modo muito simples ao coração. Numa dessas inspirações, durante um momento de  oração, Nossa Senhora nos disse pra ter-mos  em mente  que todas as vezes que nos reunimos para rezar o Santo Rosário no Terebinto, ela estará sempre presente.

Compartilhamos o testemunho abaixo, presenciado  nesses dias por membros do Terebinto e deixamos a critério dos nossos leitores  o discernimento:

Queridos irmãos, no dia 25/09/2014 o Rosário do grupo Terebinto foi em minha casa, a oração estava muito ungida e Nossa Senhora nos revelou que daria um sinal da sua presença naquele dia.
Terminou o Rosário com muitas bênçãos.
Logo que deitei percebi um suave barulho de chuva.
No outro dia, ao abrir a porta para sair, percebi um sol muito forte, mais o barulho de chuva continuava.
Fui nos fundos de casa ( onde há um quintal)  e percebi que chovia somente no pé de jabuticaba. Pensei que fosse algum vazamento, peguei o carro dei uma volta no condomínio e vi que a chuva era só lá em casa e só no pé de jabuticaba.
Avisei meu pai, que logo foi lá para verificar, e chegando lá a chuva já havia passado. Meu pai subiu nas telhas, olhou na casa dos vizinhos para ver se havia algum vazamento, mas não tinha nada que pudesse provocar qualquer vazamento.
Lembramos então,  do que Maria tinha nos revelado na noite anterior durante o Rosário:  o sinal da sua presença.
Obrigada, minha Mãe querida, por sua presença em nossas vidas. Amém!

Cristiane 
Grupo Terebinto - Campo Grande MS


Veja o  vídeo. 
  "Aquele que tem ouvidos, ouça. Mt 13, 9"



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O castelo de nossas almas

 

A analogia de Santa Teresa de Ávila, em suas "Moradas", comparando a alma a um grande castelo, é uma dessas intuições geniais que se podem dizer, sem medo, inspiradas por Deus.
Quem nunca ficou admirado, ao tomar contato com imagens do passado, com os belíssimos castelos medievais, a majestosa arquitetura antiga, ou nunca se imaginou morando em um desses lugares fantásticos, cheios de longas escadarias e obras de arte portentosas? Pois bem, não é grande tolice que nos detenhamos a contemplar essas belas obras humanas ou que nos fixemos demasiadamente naquilo que é material e ignoremos o tão elevado castelo que é a nossa própria alma? Como indica a própria Teresa, "sabemos muito por alto que nossa alma existe, porque assim ouvimos dizer e a fé nos ensina", mas raramente consideramos "as riquezas que há nesta alma, seu grande valor, quem nela habita"[1].

Em sua obra, Teresa convida suas irmãs carmelitas a adentrarem nos castelos de suas almas. Diferentemente dos castelos comuns, para os quais uma breve visita significaria ter de juntar altas somas de dinheiro, percorrer longas distâncias ou, talvez, até atravessar oceanos, para adentrar no castelo de nossas almas, podendo aí permanecer por muito tempo, basta colocar-se à porta: "Pelo que entendo, a porta para entrar neste castelo é a oração"[2]. Porém, ainda que seja simples entrar neste castelo, são poucos os que verdadeiramente abrem a sua porta e entram em si mesmos, por assim dizer.
Mas, por que entrar nesse castelo? Para quê, afinal? Primeiramente, para ganhar a salvação, pois "é desatino pensar que havemos de entrar no céu sem primeiro entrar em nós mesmos"[3]. Não à toa Santo Afonso de Ligório dizia que "quem reza, se salva; quem não reza, se condena": o primeiro santuário no qual todo homem deve entrar é o de si mesmo; aí, além de sua miséria e de sua condição de criatura, ele encontrará o seu Criador, como aconteceu a Santo Agostinho: "Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!"[4]. 

Depois, sem recolhermo-nos em nós mesmos, é impossível que nos santifiquemos. Infelizmente, tomados por uma mentalidade mesquinha, temos oferecido a Deus o nosso "mínimo", muitas vezes "nos arrastando à força e cumprindo nossas obrigações somente para evitar pecados"[5]. Ao contrário, se quisermos de fato amar a Deus sobre todas as coisas e corresponder à "vocação universal à santidade"[6], devemos ser generosos, determinando-nos a conformar nossa vontade com a do Senhor e agradá-Lo em tudo. 

Por fim, não pode haver verdadeira paz senão no interior: "Haverá maior mal do que não podermos estar em nossa própria casa? Se em nosso próprio lar não achamos sossego, que esperança teremos de encontrá-lo em casas alheias?"[7], pergunta Santa Teresa. Uma filha sua que experimentou a fundo essa verdade foi Santa Teresinha do Menino Jesus. Descrevendo a viagem que fez pela Europa, um ano antes de sua tomada de hábito, ela escreve:
"Durante toda a viagem, hospedamo-nos em hotéis principescos; jamais estive cercada de tanto luxo. É mesmo o caso de dizer que a riqueza não traz a felicidade, pois teria-me sentido mais feliz sob o teto de uma choupana e com a esperança do Carmelo, do que entre lambris dourados, escadas de mármore branco, tapetes de seda e com a amargura no coração... Ah! Eu bem o sentia: a alegria não se acha nos objetos que nos cercam; encontram-se no mais íntimo da alma, pode-se possuí-la do mesmo modo numa prisão ou num palácio. A prova é que sou mais feliz no Carmelo, mesmo no meio de provações interiores e exteriores, do que no mundo, cercada das comodidades da vida e, sobretudo, das ternuras do lar paterno!..."[8]
Como a Teresa do século XVI, a Teresa do século XIX tinha aprendido a grande lição: "Se não tivermos e não procurarmos a paz em nossa casa, não a encontraremos nas alheias"[9]. 

Referências

  1. Santa Teresa de Jesus. Castelo Interior ou Moradas, Primeiras Moradas, capítulo 1, n. 2. In: São Paulo: Paulus, 2014.
  2. Idem, Primeiras Moradas, capítulo 1, n. 7
  3. Idem, Segundas Moradas, n. 11
  4. Santo Agostinho. Confissões, Livro X, n. 38. In:20ª. ed. São Paulo: Paulus, 2008
  5. Castelo Interior, Quintas Moradas, capítulo 3, n. 6
  6. Cf. Concílio Vaticano II, Constituição dogmática Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, n. 32
  7. Castelo Interior, Segundas Moradas, n. 9
  8. Santa Teresa do Menino Jesus. História de uma alma: Manuscrito A, 65r. In: Obras completas escritos e últimos colóquios. São Paulo: Paulus, 2002
  9. Castelo Interior, Segundas Moradas, n. 9

Por Equipe Christo Nihil Praeponere 

Arcanjos S. Miguel, S Gabriel, S Rafael


O dia 29 de setembro é dedicado aos três arcanjos. São Miguel, São Gabriel e São Rafael representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus “mensageiros dos decretos divinos”, aqui na Terra. 
São Miguel é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja. 

São Gabriel é o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.

São Rafael teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina.

“Os anjos nos defendem. Defendem o homem e defendem o Homem-Deus, o Homem superior, Jesus Cristo que é a perfeição da humanidade, o mais perfeito. Por isso a Igreja honra os anjos, porque são aqueles que estarão na glória de Deus - estão na glória de Deus - porque defendem o grande mistério escondido de Deus, ou seja, que o Verbo se fez carne.” (Papa Francisco, 29 de setembro).

Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa (Hom. 34,8-9:PL76,1250-1251. Séc.VI)
É preciso saber que a palavra anjo indica o ofício, não a natureza. Pois estes santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre podem ser chamados anjos, porque somente são anjos quando por eles é feito algum anúncio. Aqueles que anunciam fatos menores são ditos anjos; os que levam as maiores notícias, arcanjos.
Foi por isto que à Virgem Maria não foi enviado um anjo qualquer, mas o arcanjo Gabriel; para esta missão, era justo que viesse o máximo anjo para anunciar a máxima notícia.

Por este motivo também a eles são dados nomes especiais para designar, pelo vocábulo, seu poder na ação. Naquela santa cidade, onde há plenitude da ciência pela visão do Deus onipotente, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros. Mas quando vêm até nós para cumprir uma missão, trazem também entre nós um nome derivado desta missão. Miguel significa: “Quem como Deus?”; Gabriel, “Força de Deus”; e Rafael, “Deus cura”.

Todas as vezes que se trata de grandes feitos, diz-se que Miguel é enviado, porque pelo próprio nome e ação dá-se a entender que ninguém pode por si mesmo fazer o que Deus quer destacar. Por isto, o antigo inimigo, que por soberba cobiçou ser igual a Deus, dizendo: Subirei ao céu, acima dos astros do céu erguerei meu trono, serei semelhante ao Altíssimo (cf. Is 14,13-14), no fim do mundo, quando será abandonado às próprias forças para ser destruído no extremo suplício, pelejará com o arcanjo Miguel, como diz João: Houve uma luta com Miguel arcanjo (Ap 12,7). A Maria é enviado Gabriel, que significa “Força de Deus”. Vinha anunciar aquele que se dignou aparecer humilde para combater as potestades do ar. Portanto devia ser anunciado pela força de Deus o Senhor dos exércitos que vinha poderoso no combate.

 Rafael, como dissemos, significa “Deus cura”, porque ao tocar nos olhos de Tobias como que num ato de cura, lavou as trevas de sua cegueira. Quem foi enviado a curar, com justiça se chamou “Deus cura”.

Oração: Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos Anjos e dos homens, fazei que sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu.

O combate de Miguel com o Dragão

“Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava em dores de parto, atormentada para dar à luz. Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. Com a cauda, varia a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de fero. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar, para que aí fosse alimentada durante mil e duzentos e sessenta dias.

Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão lutou juntamente com os seus anjos, mas foi derrotado, e não se encontrou mais o seu lugar no céu. E foi expulso o grande Dragão, a antiga Serpente, que é chamado Diabo e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Ele foi expulso para a terra, e os seus anjos foram expulsos com ele. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando:

‘Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus.
Eles venceram o Dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu próprio testemunho, pois não se apegaram à vida, mesmo diante da morte. Por isso, alegra-te, ó céu, e todos os que viveis nele. Mas ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu para o meio de vós e está cheio de grande furor; pois sabe que lhe resta pouco tempo.’ Quando viu que tinha sido expulso para a terra, o Dragão começou a perseguir a Mulher que tinha dado à luz o menino. A Mulher recebeu as duas asas da grande águia e voou para o deserto, para o lugar onde é alimentada, por um tempo, dois tempos e meio tempo, bem longe da Serpente. A Serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da Mulher, a fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da Mulher: abriu a boca e engoliu o rio que o Dragão tinha vomitado.
Cheio de raiva por causa da Mulher, o Dragão começou a combater o resto dos filhos dela, os que observam os mandamentos de Deus e guardam o testemunho de Jesus.” (Jo 12,1-17). 


fontes Aleteia
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domingo, 28 de setembro de 2014

O silêncio e a simplicidade do Rosário




Os que são de fora do Terebinto se surpreendem com essa forma simples, mas intensa de rezar. Mas a
 oração e a meditação do Rosário será assim tão simples, sem importância? Notamos nos nossos grupos que quem substima essa oração vive a mesma experiência de São Paulo: "caem do cavalo do orgulho'."

Sobre o Rosário

A oração do Rosário é vocal, que compreende a repetição em cada dezena do Pai Nosso e das Ave Marias; e a oração mental que é a meditação dos mistérios de Cristo do Evangelho. "A oração mental é silêncio...." (Catecismo, 2717).
A Carta Apostólica do Papa São João Paulo II enfatiza a oração do Rosário da Virgem Maria destaca, entre outros aspectos que essa forma de orar está "destinada a produzir frutos de santidade", "oração cristológica", "nele a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio", "o povo cristão frequenta a escola de Maria", etc.

Como rezar? São Paulo nos diz: "....porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis". Rom 8; 26. 

O silêncio, a simplicidade e também a quietude auxiliam a oração, em particular do Rosário.

-QUIETUDE. A quietude é a tranquilidade do espírito, paz e sossego. É a imobilidade não só física, principalmente a ausência de agitação, mas tem dimensões exteriores e interiores. Assim a quietude aprofunda o silêncio e a meditação da oração.

-SIMPLICIDADE. Ser simples significa ser autêntico.
Em Mateus 10;16 Jesus exorta "Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas".
Em Lucas 18;17 Jesus diz "Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o reino de Deus é daqueles que se parecem com elas".
Jesus revelou que o reino de Deus está dentro de nós,  portanto, simplicidade nas coisas exteriores.

SILÊNCIO. O silêncio é insuportável ao homem exterior, principalmente nestes tempos modernos.
Em Oseias 2,16 o Senhor diz: "...conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração". Ora o deserto é lugar de silêncio,  entre outras coisas.
E Jesus recomenda aos discípulos "Vinde a parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco". Mar 6;21. E noutra passagem, em Lucas 4;42: "Ao amanhecer, ele saiu e retirou-se para um lugar afastado". O silêncio, longe do mundo, aparece em muitas outras passagens.
O silêncio entre duas pessoas é sinal de confiança.
A vida interior poderia só consistir no silêncio.
O silêncio é verdade, cura,  pacifica nossas perturbações. 

Em Provérbios 10;19 Deus fala que "não pode faltar o pecado num caudal de palavras, quem modera os lábios é um homem prudente".

Os 12 graus do silêncio

O silêncio, segundo a Irmã Dorothee Quoniam (1839-1874), tem 12 graus. Vamos conhecê-los.

1) falar pouco as criaturas e muito a Deus
-Silêncio em relação ao mundo. Silêncio sobre as notícias. Silêncio com as almas mais santas. Silêncio da língua. 

2) silêncio no trabalho e nos movimentos
-Silêncio do andar. Silêncio dos olhos, dos ouvidos, da voz. Silêncio de todo exterior preparando a alma para unir-se a Deus. Afasta-se do ruído. É o silêncio do recolhimento.

3) silêncio da imaginação
-Substituir as perturbações, tristezas, impressões pela imagem do Céu, do Senhor, da Paixão de Cristo, das perfeições do Céu.

4) silêncio da memória
-Silêncio sobre o passado, esquecimento das lembranças negativas. É preciso saturar essa faculdade com as misericórdias de Deus.

5) silêncio em relação as criaturas
-A alma surpreender-se-à muitas vezes conversando interiormente com as criaturas. Até os santos lamentavam-se dessa humilhação. Pouco a pouco as coisas da terra cessarão de distrair a alma.

6) silêncio do coração
-Se a língua se cala (1), se os sentidos se acalmam (2), se a imaginação (3), se a memória (4), se as criaturas (5) se calam, então a solidão se faz, ao menos no íntimo dessa alma. Haverá então pouco ruído no coração.  Silêncio das afeições, das antipatias, dos desejos demasiadamente ardentes, silêncio de um fervor exagerado, silêncio dos suspiros.
-É o silêncio do amor. É o silêncio diante de Deus.
-A lamparina consome-se silenciosa diante do tabernáculo.

7) silêncio da própria natureza e do amor próprio
-Silêncio da alma que se compraz na sua baixeza. Silêncio ante os louvores e a estima. Silêncio diante do desprezo, das preferências, das murmurações. Eis o silêncio da mansidão e da humildade.
-Silêncio da natureza ante a alegria e o prazer. A flor desabrocha no silêncio.
-Silêncio da natura no sofrimento e na contradição. Silêncio sobre os jejuns e as vigílias. Silêncio sobre o cansaço,  frio, o calor. Silêncio na saúde,  na doença,  na privação total. É o silêncio eloquente da verdadeira pobreza e da penitência.
-E o silêncio do eu humano, perdendo-se no querer divino.

8) silêncio do espírito
-Afastar os pensamentos inúteis, agradáveis,  muito humanos. Só eles pertumbam o silêncio do espírito.
-Nosso espírito quer a verdade, e nós lhe damos a mentira.
-O silencio do espírito,  em materia de fe, é contentar-se com as obscuridades da fe.
-Silêncio na intenção: pureza e simplicidade.
-Na meditação: silêncio da curiosidade; na contemplação: silêncio das potências da alma.
-Cale-se o orgulho.

9) silêncio do juízo
-Não julgar, não deixar transparecer a sua opinião.
-E o  silêncio dos perfeitos. É o silêncio dos anjos e arcanjos.

10) silêncio da vontade
-E o silêncio nas angústias do coração e nas dores da alma. É a alma que não pronuncia " por que?", "até quando?".
-E o silêncio do abandono. Silêncio dos mártires. Silêncio da agonia de Jesus.

11) silêncio consigo mesmo
-Não se escutar, não queixar-se, calar-se. Isolar-se, ficar a sós com Deus.
-E o silêncio do nada.

12) silêncio com Deus
-No começo (1) Deus dizia: " falar pouco as criaturas e muito comigo". Agora Deus diz: "não me fales".
-E o silêncio da eternidade. É a união da alma com Deus.


-Para rezarmos melhor e assim crescermos na fé,  precisamos exercitar o silêncio interior e exterior.

-Assim, a quietude, a simplicidade e o silêncio favorecem a oração vocal, mental e a meditação dos mistérios de Cristo no Rosário. A oração brota do coração com amor e fervor. Passamos a ter intimidade com Jesus e sua doce Mãe e aumenta nossa confiança na misericórdia do Senhor.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Imagens sacras e objetos abençoados






O que dizer das imagens sacras e objetos abençoados que muitos levam consigo?


As imagens de Jesus, de Maria, dos santos ou dos arcanjos e os objetos abençoados - como por exemplo os crucifixos, os escapulários, as medalhas - são de grande ajuda e proteção contra o Maligno. Estes, devem ser usados com fé e devoção, associados a uma oração sincera e profunda a Deus e na confiança à Providência. Ressalto que os objetos não devem ser levados como talismã ou amuleto da sorte. Isso seria caracterizado como magia, que se opõe fortemente à fé. A Medalha milagrosa retrata Maria com a escritura: “Ó Maria, concebida sem pecado, ora por nós que recorremos a vós”. Exatamente assim, em 1831, a Virgem aparecia para Caterina Labouré em Rue du Bac, Paris. Do outro lado tem um grande “M”, que significa “Maria”, e os dois corações de Jesus e Maria; que significam - como foi revelado em 1917 em Fátima - que a vontade de Deus é que a Mãe e o Filho intercedam juntos.

Estes objetos são abençoados preventivamente?

Certamente. Mas também aqui o sentido da benção não é aquele de conferir ao objeto uma proteção mágica, quase de “superpoderes”. Trata-se, como diz a oração de benção pronunciada pelo sacerdote no momento da benção, de pedir a Deus a graça de aumentar a virtude na nossa vida cotidiana e de ter a proteção e a intercessão da pessoa representada ou invocada no objeto. Surpreendo-me sempre quando - nos carros, nos lugares públicos ou nas casas privadas - vejo uma imagem sacra e uma ferradura de ferro próxima. O que tem a ver um com o outro?

Lembra de um caso particular?

Sim, me chamaram uma vez para abençoar uma casa porque as pessoas que moravam ali viam presenças estranhas nos lugares. Entrei, porém, e não vi imagens sacras nas paredes. Sabe o que tinha na porta de entrada? Um grande chifre vermelho, fiquei muito bravo naquela ocasião e repreendi as pessoas que me haviam chamado. “Mas como - disse - buscar proteção do mal se vocês penduram na porta um amuleto? Não sabem que, como sinal de superstição, estes são objetos maléficos?”.




Por Stefano Stimamiglio


sources: CREDERE

Limpe sua casa de ídolos e amuletos, diz exorcista



Um elefante com a tromba virada para cima é o principal enfeite da sua sala? Atrás da sua porta há uma ferradura? Sua casa está decorada com quartzos, pêndulos ou caveiras?
 
Desfaça-se deles, "limpe" seu lar e sua família de todo objeto deidolatria, porque, longe de atrair sorte, dinheiro e proteção, você está dando as costas a Deus e começando uma relação direta com o mundo de Satanás. Quem afirma isso é o coordenador dos exorcistas da arquidiocese do México, Pe. Guillermo Barba Mojica.
 
"O mais perigoso dessas práticas é que elas desprezam nossa fé. E o que é pior: ferem gravemente nossa relação com o Deus do amor, o Deus da misericórdia, que cuida de nós e nos ama com um amor eterno, dado que colocamos no seu lugar os ídolos, ou seja, objetos aos quais são atribuídos poderes sobrenaturais", adverte o sacerdote.
 
E explica que, como diz a Bíblia no discurso de Deuteronômio, todos esses costumes pagãos são abominações para Deus e, ao colocá-los em prática, a pessoa viola o primeiro mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas.
 
Acrescenta que a pessoa que se deixa levar pela tentação de controlar sua vida e o futuro – uma das coisas que motiva a possessão destes objetos de idolatria – usurpa um lugar que só corresponde a Deus, porque, como diz o Papa Francisco na exortação apostólica Lumen fidei, o ídolo é um pretexto para que a pessoa se coloque no centro da realidade, adorando a obra das próprias mãos.
 


A isso se une a forte influência de uma cultura do sincretismo r
eligioso, da Nova Era e de um neopaganismo, que leva muitos católicos que desconhecem sua fé a ser presa desse mundo no qual se respira uma atmosfera de pecado, segundo o Pe. Guillermo.


 
Também insiste em que "a raiz do problema é o desconhecimento de Cristo e do seu Evangelho, razão pela qual é urgente evangelizar, já que muitos batizados, ao estar longe dos sacramentos, da Palavra de Deus, caem no campo da idolatria, depositando sua confiança em objetos, que inclusive convertem em ídolos diante dos quais e inclinam".
 
Que objetos podem dar origem ao pecado sem que a pessoa perceba no começo?
 
Tudo aquilo que pretende substituir Deus. Pode ser um artigo que idolatramos por pertença sentimental até os que apreciamos mais que nossas vidas e que muitas vezes são simples objetos criados para fazer nosso ego crescer, porque sabemos que nenhuma coisa ou pessoa pode exercer em si autoridade sobre o homem, se não lhe viesse de Deus, e é claro que Ele mesmo não dá autoridade aos objetos.
 
Como alertar os fiéis sobre a presença de tais objetos em seus lares?
 
Como comenta o Papa Francisco na encíclica "A luz da fé" (Lumen fidei), a fé, enquanto associada à conversão, é o oposto da idolatria; é separação dos ídolos para voltar ao Deus vivo, mediante um encontro pessoal.
 
Então, a única maneira de erradicar a superstição, a idolatria e o mal das nossas vidas é um encontro vivo e pessoal com Jesus Cristo por meio do anúncio kerigmático, seguido de uma catequese sólida.
 
Que efeitos estas práticas podem provocar nos lares?
 
Os objetos de idolatria são uma estratégia do diabo para destruir a fé dos fiéis e, ao depositar a confiança neles, a pessoa pode iniciar uma relação com o mundo de Satanás, porque quem os usa deixa de ser verdadeiramente crente e se torna crédulo.
 
Também existe o dano psicológico, porque há pessoas que desenvolvem uma alienação com estes objetos, chegando ao ponto de ter alucinações auditivas e visuais, o que reforça um pensamento mágico que pode chegar a ser tão forte até tornar-se uma psicose familiar.
 
Outro aspecto no qual também causam um grave dano é na economia familiar, que muitas vezes se vê prejudicada pelo dinheiro investido nessas práticas. Por tudo isso, a Igreja é clara quando nos adverte, no Catecismo, contra estas tentações.
 
O que fazer com estes objetos para não prejudicar mais pessoas?
 
Um passo rumo à conversão é a renúncia a estes objetos deidolatria, não só de maneira implícita, mas explicitamente; um gesto de renúncia seria destruí-los para não incentivar que outras pessoas adiram a eles, e a melhor maneira de fazer isso é levá-los ao sacerdote para que ele faça brevemente uma oração de libertação e nos indique a forma mais conveniente de acabar com eles.
 

(Artigo publicado originalmente por SIAME)
sources: SIAME